20 de janeiro de 2021
Cabo Verde ainda não conseguiu implementar os ensinamentos de Cabral e sequer tem uma agenda política e cultural própria. A ideia é defendida pelo Movimento Federalista Pan-Africano, um dos organizadores da marcha “Kabral Unifikador di Povu”, que decorreu esta manhã na cidade da Praia.
Apesar dos 45 anos de país independente, a sociedade cabo-verdiana e, sobretudo os seus líderes, ainda não conseguiram colocar na prática os ideias de desenvolvimento defendidos por Amílcar Cabral. Por isso, diz Adérito Fortes, coordenador do Movimento Federalista Pan-Africano em Cabo Verde, diversos ativistas saíram hoje às ruas da capital com o propósito de continuar a contribuir para o despertar da população, já que os líderes atuais não o tem estado a fazer.
Um exemplo disso, diz Adérito Fortes, é que Cabo Verde não tem uma agenda política e cultural própria. Por isso a provação vem em forma de lema da marcha, que propõe “Pensa ku bu kabesa”.
Por outro lado, o Movimento “Korentidi Ativista Rizisténsia i Liberdadi” continua a chamar a atenção para necessidade de mudar de foco nos discursos e atuação e centrar-se nas mulheres, como agentes de mudança. Coincidentemente, Mia Luz, foi quem propôs o lema desta nona edição da marcha e também concebeu o cartaz e camisolas do evento.
Para a ativista Mia Luz é necessário que todos conheçam a realidade da maioria da população para que possam se posicionar para a mudança que se ambiciona.
Para além da marcha, os ativistas prestaram homenagem formal frente ao memorial Amílcar Cabral com atuação cultural e roda de conversa com o tema “Pensa ku bu Kabesa”.
RCV / Emerson Pimentel
Programação